Uma Noite de Graça e Sax

Era uma dessas noites em que o tempo parece fazer uma pausa para deixar a espiritualidade respirar. A Federação de Homens Presbiterianos de Duque de Caxias, RJ, completava 59 anos — idade de quem já viu muita coisa, mas ainda tem fôlego para seguir em frente, servindo ao Senhor com aquela alegria que não se explica, apenas se vive.

O culto de ações de graças aconteceu na Igreja Presbiteriana Betânia, e logo se percebia que não seria uma reunião qualquer. O reverendo Leandro Guimarães, pastor da Igreja de Gramacho, trouxe uma mensagem que mais parecia um desafio lançado à plateia masculina, baseada na Segunda Carta a Timóteo. Homens de fé, acostumados a ouvir e agir, ali estavam, atentos, como soldados preparados para uma batalha que, no fundo, já sabiam vencer.


Mas não eram apenas homens. Algumas irmãs marcavam presença, como a sempre ativa Edvânia Pimentel, presidente da Confederação Sinodal de SAFs, que parecia coordenar tudo com um olhar só. E, claro, não faltaram as lideranças eclesiásticas — gente que, mesmo em silêncio, tem uma aura de quem carrega a igreja nos ombros.

Mas, antes do sermão, eis que surge o reverendo Daniel Amâncio, pastor da casa, com seu saxofone. Ah, o sax do reverendo! Não era um simples instrumento, era um convite ao louvor, um suspiro musical que elevava os corações. Junto ao grupo de louvor, fez daqueles momentos algo mais que um culto — foi quase um concerto celestial.


Presbíteros, diáconos, secretários sinodais… Nomes e cargos que, no fim das contas, se resumiam a uma coisa só: irmãos. Irmãos como o presbítero Jonas Almeida, o diácono Alex Marcelo, os presbítero Luciano Mendes, Samuel Ribeiro e tantos outros que, eram pilares daquela celebração.

E depois? Ah, depois veio o lanche. Porque não há reunião de presbiterianos que se preze sem um bom café (mesmo estando hoje "tão caro"), quitutes deliciosos e cuidadosamente preparados, tudo misturado com aquelas conversas que começam em tom solene e terminam em risadas.


Ao final da noite, restava a certeza de que aquela federação ainda tem muito chão — ou melhor, muitos anos — pela frente. E o lema deles, "Confiança em Jesus, Entusiasmo na Ação e União Fraternal", não era apenas uma sigla (CEU), mas um jeito de viver.

E assim, entre saxofones, mensagens desafiadoras e quitutes abençoados, Duque de Caxias provava, mais uma vez, que a fé também sabe ser alegria.