Da Fé e da Memória: A jornada de diretores da CNHP pela Zona da Mata mineira
O sábado, 26 de outubro, foi especial para dois diretores da CNHP, que cumpriram uma bela jornada pela Zona da Mata, geograficamente também conhecida como Leste de Minas. E o dia começou cedo, já sob o manto de imprevistos e de muita emoção. Às 6 da manhã, Rewerson Fugikawa, vice-presidente Sudeste I, embarcava em São Paulo rumo a Ipatinga, com escala prevista em Belo Horizonte.
Mas, ao chegar ao aeroporto de Confins, foi surpreendido com uma mudança no roteiro: ao invés de ser levado diretamente ao Vale do Aço, ele teve, por imposição da empresa aérea, seguir para a vizinha cidade de Governador Valadares, distante cerca de 100 quilômetros de Ipatinga. Após enfrentar essa etapa inesperada, chegou, de van, ao aeroporto local, onde era aguardado pelo colega e primeiro secretário da CNHP, Marcelo Luciano, que ali reside, pronto para a missão.
A dupla então seguiu então em direção a Manhuaçu, onde aconteceria o culto comemorativo dos 33 anos de organização da Sinodal de Homens do Leste de Minas. No caminho, fizeram uma parada especial em Matipó, cidade onde Marcelo viveu durante as décadas de 70 e 80 e onde também sua família contribuiu para fundar o trabalho que deu origem à Igreja Presbiteriana local. O reencontro com essa terra tão significativa e com membros da comunidade trouxe momentos de lembranças e sorrisos e até de lágrimas de alegria, embalados pelo carinho e pela nostalgia.
Em Matipó, cidade de 20 mil habitantes, a 40 Km de Manhuaçu, Rewerson e Marcelo foram recebidos calorosamente por Ozana Vieira, filha de uma das famílias fundadoras, e por Dyones Monteiro, presbítero, professor da faculdade local de Veterinária e, vice-presidente da UPH. Entre abraços e recordações, ambos partiram revigorados, levando consigo a alegria de ver a obra que um dia ali foi plantada ainda florescendo, como uma herança espiritual mantida viva.
Quando a noite chegou, chegaram à Segunda Igreja Presbiteriana de Manhuaçu, onde os aguardava o culto festivo. A celebração ia além do aniversário da Sinodal, incorporando também os 507 anos da Reforma Protestante, marco inestimável para os homens presbiterianos ali reunidos. No templo, a igreja quase lotada ressoava com louvores, conduzidos por irmãos como pastor da comunidade, Júlio César Castanha, que, mostrou seu talento como baterista e trouxe ainda mais emoção para a noite.
Irmãos notáveis do cenário presbiteriano regional marcaram presença, como os membros da Diretoria da Sinodal, liderados pelo presbítero Adeilton Melo, o pastor e secretário do Trabalho Masculino, Édio Cleber; além do vice-presidente do Sínodo Leste de Minas, reverendo Anderson Sathler, que é pastor da Primeira Igreja de Manhuaçu. Quem também esteve presente foi o presbítero Eneias Tavares, ex-presidente que liderou a Sinodal por 20 anos, compartilhando alegrias e desafios dessa longa trajetória de fé e compromisso.
O ponto alto da noite veio com a pregação de Rewerson. Em seu sermão, intitulado "Aprendizados Práticos do Serviço a Deus com Neemias," ele mergulhou nos ensinamentos do capítulo 3 do livro de Neemias, que aborda o esforço coletivo e abnegado na reconstrução dos muros de Jerusalém. "O serviço a Deus deve ser coordenado – planejado e organizado," destacou, reforçando a importância de todos trabalharem como iguais e ressaltando que, no Reino, todos são valiosos. O sermão seguiu, enfatizando o valor de um trabalho apreciado, onde o amor e o zelo devem pautar o relacionamento entre os irmãos, e finalizado, pois, assim como a obra de Neemias, o trabalho de Cristo foi concluído com perfeição.
Após o culto, Rewerson e Marcelo ainda participaram de um lanche comemorativo, onde puderam conversar animadamente com os irmãos ali presentes, compartilhando ideias, experiências e muita história em uma noite de emoção e gratidão. No domingo pela manhã, ambos tomaram o caminho de volta ao Vale do Aço. A BR-116, tranquila naquele momento, permitiu uma viagem mais rápida e sem complicações. Já em Ipatinga, ainda fizeram uma breve visita à casa de Marcelo, onde Rewerson pôde visitar a esposa e filha do colega diretor e ainda teve tempo de também rever os pais do mesmo antes de seguir para o aeroporto regional.
Rewerson embarcou de volta para São Paulo com o coração aquecido e a bagagem cheia de histórias inspiradoras e, claro, algumas lembranças de Minas, como tradicional queijo frescal, um dos símbolos do estado. Ao final dessa maratona de encontros e celebrações, cada abraço e cada palavra escutados confirmaram a força da fé e a importância de manter vivas as raízes presbiterianas no Leste de Minas.